A de milnovecentosesetenta quando Star Wars estreou com a visão das naves intra-estrelares ou a visão que a cada dia as novas tecnologias vêm nos colocando?
Em cada época do século XX foi colocado um novo futuro para nós, dês das naves de Star Wars, carros voadores em plena terra até implantes de sonhos. Todas essas visões que nos são implantadas assim como em Total Recall ou a utilização domestica da fusão nuclear, Back to the Future, são apenas doces sonhos de escritores com grande imaginações, que um dia poderão até chegar a acontecer mais em um futuro muito mais distante do que eles previram a décadas atrás, onde a virada do século ia ser o ápice das novas tecnologias. Tecnologias essas aplicadas cada vez mais a um futuro que ninguém imaginava.

Toda essa mudança afeta a arquitetura, também muito sensível a essas mudanças do mundo moderno. Cada vez mais coloca-se as novidades aplicadas a esta arte, desde simples adornos até a grandes sistemas estruturais nada convencionais.
Mas hoje o que nós mais vemos é a arquitetura aplicada cada vez menos ao futuro que nós tínhamos em mente, com robôs e roupas metálicas, e cada vez mais a ordem é a auto-sustentabilidade: geração de energia, capacidade de coletar água da chuva, tratamento de resíduos, etc.
Aquelas arquiteturas com visões de futurísticas, de delírios, desejos de uma arquitetura utópica vindas todas das imaginações de arquitetos, famosos ou não, foi toda embora e ninguém mais tem a coragem de projetar, o que hoje nos parece loucura. Foi-se embora a um tempo atrás um desejo de libertação, uma arquitetura totalmente diferente da projetada na época.
O mundo cada vez mais aristocrático, já que nós fazemos cada vez mais nada, e as maquinas vão fazendo, vem aquela lembrança de mil serviçais fazendo tudo o que era necessário na casa, no jardim etc. e o tempo vai ficando cada vez mais para o trabalho fora de casa e o único tempo que nos resta, fazemos nossos hobbies e nos divertimos. Já a casa de hoje é cada vez menos e os moveis são cada vez mais aptos a esses espaços assim como já previam os “futuristas antigos”, casas aptas aos moradores modernos.
Mas a utilização da tecnologia não deve ser usada de forma desenfreada somente para mostrar a tecnologia existente, deve-se mostrar em projetos utópicos essas idéias assim como o casal Alison e Peter Smithson fizeram com casa do futuro, ou o Archigram com sua famosa Walking City, são projetos utópicos, ainda mais se pensarmos em construção em massa, mas todos feitos por quem estava tendo diferentes idéias na época.


Se colocarmos o centro Pompidou como algo que revolucionou a arquitetura tendo colocado o high tech como estilo arquitetônico, é ver que a utopia também pode acontecer e chocar ainda mais quando colocamos ele na situado em pleno anos 1970 no meio de paris, inacreditavelmente excepcional, e ainda tem um casa em forma de disco voador do final dos anos 60 do arquiteto finlandês Matti Suuronen, pensada em forma a ser móvel, podendo ser levada para qualquer lugar do mundo, pena que a crise do Petróleo acabou com esse sonho da Futuro House.

Como já dito, a arquitetura hoje vai muito para o lado da sustentabilidade, palavra da moda, e as tecnologias aplicadas a ela são cada vez mais exóticas, assim como a arquitetura do século XX abusou da idéia do futuro espacial, a arquitetura do século XXI pensa no homem consciente, tentando mudar o mundo de alguma forma. Não que eu ache que essa arquitetura seja feia ou qualquer outra coisa, mas eu desejo é que as pessoas comecem a botar a cabeça pra pensar, nem sempre tentando mudar o mundo, como o sonho de alguns arquitetos, mas tentando mudar essa visão de nada que as pessoas que não tem acesso a informação tem, como li uma vez em uma crônica vamos deixar de produzir arquitetura neo-nada e fazer arquitetura com algum fundamento.
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